quinta-feira, 27 de maio de 2010

Toxicologia da melamina:Absorção, distribuição, metabolismo e excreção: Ratos


A melamina foi uma substância praticamente desconhecida para os nefrologistas até 2008 apesar de ter sido estudada com possível agente diurético há 50 anos atrás, porém nunca chegou á prática clínica. Este composto foi notícia aquando do evento de contaminação de leite e fórmulas infantis em pó, na China, no ano de 2008.
Os efeitos tóxicos da melamina interessam agora nefrologistas, pediatras, radiologistas e urologistas.



A melamina não é metabolizada pelos animais e é rapidamente eliminada através da urina. Mais de 90% da melamina ingerida é excretada em 24h inalterada. Esta é rapidamente absorvida e atinge concentrações plasmáticas máximas em 60 minutos após administração oral de dose única a ratos Fisher 344 machos. Esta distribui-se pela água corporal, pelo que as concentrações no sangue, plasma e fígado são similares.
A semi-vida no plasma é de aproximadamente 2,7 h (Mast et al., 1983). Medições feitas com melamina radioactiva suportam a conclusão de que a eliminação urinária é praticamente a única via de excreção (93% ± 4% por dose). A excreção da melamina através da respiração e fezes constitui menos de 1% da excreção da dose administrada.
A semi-vida urinária é de 3 h e o clearance urinário é de 2.5mg/min (Mast et al., 1983). A melamina é eliminada essencialmente pelos rins inalterada.

Tabela 2. Propriedades farmacocinéticas da melamina


Baseado em:
Background Paper on Toxicology of Melamine and Its Analogues; R. Reimschuessel, Center for Veterinary Medicine, United States Food and Drug Administration, Laurel, MD, USA; D.G. Hattan and Y. Gu, Center for Food Safety and Applied Nutrition, United States Food and Drug Administration, College Park, MD, USA;WHO, Geneva,2009

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